O
cooperativismo surgiu em 1844 na Inglaterra, como fruto da exclusão social
causada pela revolução industrial, esta foi a primeira experiência organizada
de cooperativa, conhecida como a cooperativa pioneira.
As cooperativas possuem uma
peculiaridade que é a ausência de fins lucrativos, sendo assim, o seu objetivo
é buscar vantagens econômicas aos seus associados e não o lucro em si. As
cooperativas atuam como representantes dos associados, elas tem como objetivos
prestar serviços aos seus sócios. Assim, os associados, ao passo que são os
próprios donos, são também eles os seus principais “clientes”.
Uma característica marcante do
cooperativismo é quanto ao voto de seu associado (gestão democrática). Nas
sociedades empresárias, o voto de seu sócio varia de acordo com a sua quota
parte, quanto maior for a sua quota parte dentro da empresa, maior será o seu
poder de decisão. Diferentemente é na sociedade cooperativa, uma vez que dentro
das cooperativas existe o princípio da gestão democrática, sendo que
independentemente de quanto for a sua quota parte na sociedade, o seu voto terá
o mesmo peso que os dos demais associados, o que possibilita a participação ativa
de todos os associados.
Outra característica do
cooperativismo é quanto a sua associação. No cooperativismo vige o princípio
das portas abertas, onde há a livre e voluntária adesão de associados, sendo
que cada cooperativa poderá estabelecer o perfil dos seus associados, não tendo
limite máximo de associados, apenas mínimo. As cooperativas singulares, por
exemplo, devem ser constituídas de no mínimo 20 associados (pessoas físicas).
Resumindo, o cooperativismo surgiu com o fim precípuo de
sanar as lacunas sociais deixadas pelo estado, sendo a cooperativa uma
sociedade cujo capital é formado pelos associados e tem a finalidade de somar
esforços para atingir objetivos comuns que beneficiem a todos.
Felipe Osmar Krüger,
Advogado.
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