Quem não
assistiu ou já ouviu falar no filme “O Advogado do Diabo”. O
filme relata a história de Kevin Lomax, um advogado de uma pequena
cidade da Flórida, que nunca perdeu um caso, é contratado por John
Milton, dono da maior firma de advocacia de Nova York. O resto do
filme eu não vou contar, fica para cada um relembrar ou assitir,
caso ainda não o tenham feito.
Navegando pela
internet, descobri que antigamente, durante o processo de
canonização, realizado pela Igreja Católica, existia um Promotor
da Fé, Promotor Fidei, em
latim, e um Advogado do Diabo, em
latim, advocatus diaboli.
O
papel desempenhado pelo advogado,
nomeado pela própria Igreja, era apresentar argumentos contra a
canonização do candidato. Seu dever era olhar cepticamente o
processo, procurando lacunas nas provas de forma a poder dizer, por
exemplo, que os milagres supostamente feitos eram falsos, etc.
O ofício de
Advogado do Diabo foi estabelecido em 1587 e foi abolido pelo Papa
João Paulo II em 1983. Isto causou uma subida dramática no número
de indivíduos canonizados: cerca de 500 canonizados e mais de 1300
beatificados a partir desta data, enquanto apenas houvera 98
canonizações no período que vai de 1900 a 1983.
Isto sugere que
os Advogados do Diabo, de fato, reduziam o número de canonizações.
Alguns pensam que terá sido um cargo útil para assegurar que tais
procedimentos não ocorressem sem causa merecida, e que a santidade
não era reconhecida com muita facilidade.
Hoje em dia o
termo tem vindo a designar uma pessoa que discute a favor de um ponto
de vista no qual não acredita, mas que o faz simplesmente para
apresentar um argumento. Este processo pode vir a ser utilizado para
testar a qualidade do argumento e identificar erros na sua estrutura.
Embora não seja um assunto extremamente jurídico, achei interessante compartilhar esta curiosidade com os visitadores do Blog. Cabe referir que os dados
científicos e históricos foram retirados da enciclopédia on
line Wikipédia,
sendo que apenas realizei algumas adptações na apresentação do
texto.
Felipe Osmar Krüger,
Acadêmico de Direito.
Felipe Osmar Krüger,
Acadêmico de Direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário