Um
assunto inesperado ganhou importância nas salas de aula dos
cursinhos preparatórios para concursos de todo o país: a
fiscalização da Lei Seca. Para aqueles que vêm se preparando com o
objetivo de prestar concurso é hora de ter mais cuidado, pois a
autuação por dirigir embriagado pode afastá-lo do sonho de
ingressar na carreira pública.
Após a
determinação da presidente Dilma Rousseff em instituir a tolerância
zero e ampliar os meios de prova para criminalizar a conduta daqueles
que dirigem embriagados, a Lei Seca passou a ser o assunto da vez
entre os concurseiros e professores de cursinhos.
De acordo
com o policial civil e diretor de um curso preparatório na cidade de
Feira de Santana, Jorge da Fonseca Alves, a exclusão de candidatos
que forem autuados dirigindo em estado de embriaguez será mais uma
forma de selecionar e afunilar o processo.
"O
Governo Federal tem buscado medidas para reduzir o número de
acidentes e, desta forma busca estratégias para alcançar este
objetivo. A tendência real é reduzir o número de autuações de
pessoas dirigindo embriagadas. Aqueles que pleiteiam uma vaga no
funcionalismo público vão pensar duas vezes antes de dirigir nestas
condições", afirmou.
Fonseca
também confirmou que os alunos do curso têm demonstrado interesse
quando o assunto é a Lei Seca. "Na última sexta-feira (1º),
os estudantes tiveram a oportunidade de assistir a uma aula voltada
para esse assunto. Durante o debate sobre a Lei Seca, os muitos
alunos afirmaram que saíam do cursinho para tomar uma cerveja e,
agora, estão mais cautelosos. Ainda encontramos muitas pessoas
relutantes, mas a lei é correta", explicou o policial civil.
Todos os
concurseiros devem ficar atentos aos rigores da Lei Seca, em especial
aqueles que buscam uma vaga na área de segurança pública, devido à
etapa de investigação da vida pregressa e exigência de reputação
ilibada. "Nesta fase, além de serem analisados os antecedentes
criminais, o candidato será avaliado tanto sob o aspecto pessoal
quanto social", destaca.
Ficha
Limpa:
O projeto
de lei que revisa o Código de Processo Penal, em tramitação no
Congresso Nacional, e propõe a "ficha limpa do futuro servidor
público" é outra forma para garantir que sejam contratados
candidatos impolutos. "É uma medida certa e, se aprovada, esta
lei vai ajudar a melhorar a situação do funcionalismo público. A
ficha limpa será essencial para conquistar uma vaga e, por parte dos
órgãos públicos, garantir a contratação de um servidor
qualificado, com a real proposta de servir o povo", concluiu
Fonseca.
Se
aprovado, o projeto dificulta o ingresso do candidato que estiver
indiciado em inquérito policial ou responder a termo
circunstanciado.
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