O juiz
Alberto Fernando Sales de Jesus suspendeu uma audiência que era
realizada no Fórum Odilon Santos, em Santo Amaro da Purificação,
no recôncavo baiano, após uma promotora agredir um advogado com um
soco no rosto. O caso ocorreu no final da tarde de segunda-feira (9).
De acordo
com o termo assinado pelo juiz, a audiência foi suspensa porque as
partes deixaram de debater as questões processuais. Ainda de acordo
com o texto, a promotora agrediu o advogado com um soco na altura do
rosto, o que levou a um pequeno sangramento na boca.
A queixa
de agressão foi registrada na delegacia do muncípio na noite do
mesmo dia e na manhã desta terça-feira (10), a vítima esteve no
local para fazer o exame de corpo delito. Por meio da assessoria de
imprensa, o MP-BA informou ao G1 que está apurando os fatos para
emitir um comunicado oficial.
Segundo a
polícia, o advogado baiano Murilo Azevedo registrou a queixa no
mesmo dia, mas teve que retornar pela manhã, pois não havia
delegado na unidade na noite de segunda-feira.
De acordo
com informações de Murilo Azevedo, ele e a promotora participavam
de uma audiência que começou no período da manhã e durou até o
final da tarde, quando a promotora o agrediu com um soco na boca,
enquanto ele estava de cabeça baixa. “Fica um sentimento de
revolta porque a gente não espera que uma promotora vá fazer uma
coisa dessas", disse.
O
advogado disse que esta foi a segunda vez que ele encontrou a
promotora em audiência, sendo a primeira no mês de maio deste ano,
em audiência do mesmo caso. Ele ainda afirma que não conhecia a
mulher e não tinha qualquer tipo de relação pessoal com ela.
Segundo o
advogado, a promotora deixou o fórum de Santo Amaro logo após a
agressão, que foi presenciada por dois policiais militares. De
acordo com o MP, a promotora não deve comentar o caso.
O
secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia, Nei
Viana, informou que a instituição vai instaurar um procedimento
para apurar o fato. “Instauraremos processo de agravo público,
além de representação aos órgãos do Ministério Público”,
afirma.
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